sexta-feira, 30 de outubro de 2009

presente de feriadão

Lembram quando eu expliquei, há quase dois anos, o nome deste blog?

Na época, procurei a cena antológica em que Tonha voltava ao Mangue Seco e não encontrei. Mas ganhei um presente de aniversário (sim, quem não lembrou ainda tem tempo de me abraçar) que preciso muito compartilhar.

Desejo a todos que se permitam muitos momentos Tonha, com todas as dores e delícias de ser o que são, ouvindo Simone e tudo, porque é disso que é feita a vida:


sábado, 24 de outubro de 2009

depois do ócio criativo, a insônia descontrol

Sem saber que era impossível, ela foi lá e passou a noite brincando de stop motion. Conseguiu de alguma forma inutilizar um cartão de memória da câmera fotográfica, mas não se arrepende. Sobraram menos de três horas pra dormir, mas ao menos desviou o foco daquilo que dói.

Taí (pai, aperta play, depois pause e espera carregar tudo antes de ver):


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Cocó Turbinada

Boa coisa não sairia se, aos cinco anos, eu tivesse que imaginar uma invenção para melhorar o mundo no futuro.

Se fosse aos 11 eu já estaria imbuída da ecochatice típica pré-Rio 92 e responderia algo na linha "uma máquina para limpar todos os rios".

Mas, aos cinco, meu mundo girava em torno de uma boneca cujo cabelo cescia após ser cortado. Acho que teria desejado uma máquina que fizesse meu cabelo crescer rápido daquele jeito. E de preferência loiro como a peruca de lã da minha boneca.

Preocupado com os animais, mas com uma graça que nenhum ecochato consegue ter, Vinicius decidiu, aos cinco: quando for adulto, quer que chegue ao mercado a Cocó Turbinada, uma galinha que já vem com cinco corações. Motivo: fã de coraçãozinho, pensa em poupar as aves abatidas em dia de churrasco. A invenção, ilustrada pelo ex-colega de Zero Hora Edu, foi uma das vencedoras de uma promoção do jornal no dia das crianças.

E desde então tenho a Cocó Turbinada em mente. Não por ser uma grande fã de coração de galinha ou tão preocupada assim com a matança de aves. Mas a lógica do Vinícius me comoveu. Tendo um mundo de possibilidades para imaginar, ele escolheu o que lhe traria um prazer tão frugal - e sem culpa.

Não quero soar pessimista, Vinícius, mas do jeito que as coisas vão o consumo de coraçãozinho de galinha pode estar banido antes de você chegar aos 30. Do jeito que as coisas vão, em 2035 comer um bom churrasco só será permitido em ambientes abertos. E apreciadores da gordurinha da picanha receberão olhares de reprovação hoje reservados aos fumantes.

Mas nem por isso a Cocó Turbinada pode deixar de ter serventia. Se o protótipo funcionar, alguém bem esperto logo vai desenvolver a versão humana. E seria assim: a gente teria cinco corações. E quando um fosse quebrado, entraria outro no lugar. A gente ia poder se apaixonar sem medo de o dia de trocar de coração chegar. E se quebrasse, não ia precisar esperar sarar. A gente não teria insônia, e talvez nem saudade. A gente nunca descobriria até quando nosso coração é capaz de ir.

Pensando bem, Vinícius, talvez a máquina de fazer crescer cabelo seja uma ideia melhor.

domingo, 18 de outubro de 2009

finalmente.

Camiseta "finalmente.": cortesia casório Gallas e Clarissinha
Papel de parede dos sonhos: wallpaperfromthe70s.com
Menos: deixei a televisão e a esteira pra trás
Suor e lágrimas: Bete
Apoio 24h, serviços de motorista, fé e palpites imprescindíveis: mãe
Foto, coordenação, motivação e toda minha gratidão eterna para: Maíra Carvalho

Primeiras impressões: minha casa nova tem um pé de capim-cidró, uma vizinha com ar-condicionado barulhento, vizinhos que sorriem mesmo quando você está atrapalhando o sábado deles com a mudança (espero que dure), um interfone que realmente abre a porta. Vou levar tempo pra me acostumar com o banheiro único, queimei o microondas na tomada 220 e tem uma porta com cupim. Minha casa nova é ensolarada. Minha casa nova deu vontade de ficar em casa.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Everybody's changing, and I'm starting to feel the same

Exatos 5 meses após comprar o apê, finalmente tomo vergonha pra iniciar a mudança.

Praticamente empurrada por @benckito, enfrentei o cômodo mais temido da casa: o escritório/biblioteca, cheio de apegos, cheio de coisas para as quais não terei espaço na casa nova.

Duas garrafas de vinho e três horas depois, eis o saldo:


Vão para o apê novo:

- 6 caixas de livros (foto)
- 1 caixa de revistas
- 1 caixa de álbum de fotos
- 1 caixa de cacarecos/afetividades (rever)
- 1 caixa de eletrônicos


Vão para doação:
- 1 caixa de cacarecos
- 1 caixa de livros

Vão para o lixo:



- 7 sacos com revistas, papelada, cacarecos diversos (a parte das revistas doeu)
- uma caixa com coisas de trabalho que se mantém fechada desde 2006

Estão no limbo:


- Todas as edições da revista TPM, que num acesso de loucura fui buscar na casa de uma amiga que ia jogar fora. E agora?

Próximos passos:
- quarto, banheiros, sala e cozinha